Bem, eu quis esperar pelo fim de Janeiro para ter tempo de ver se algo realmente mudou... Surpresa! Mudou! Mas só para mim, uma pequena infecção urinária e alguns pontos negros mais tarde, Portugal, esse sítio, continua na mesma.
Vamos então mudar isso e por a carroça a andar... Abrem-se aqui as hostilidades, 2008 é o ano da mudança... MUAHAHAHAHA...(Riso maléfico).
Grande parte deste conceito encontrei através do Google e Wikipédia (que se sabem não ser de muita confiança), mas se pensarmos um bocado não parece assim tão impossível aplicar isto.
Comecemos então com um nome, Vallentuna, seguido de outro nome, Democracia Liquida, pais, Suécia, ano? 2000...
Tenho vindo a ler algumas coisas sobre este assunto e acredito que se neste momento conseguisse as 7.000 assinaturas para fundar um partido, ganharia as eleições.
Com uma promessa simples:
- Acabar com o poder representativo e dar o voto aos cidadãos.
Suécia, numa cidade chamada Vallentuna, 2002, esta promessa conquistou um mandato para uma jovem de 19 anos (Parisa Molagholi) com apenas este objectivo. Definir uma democracia digital para o município. Apesar de ser diferente da solução que pretendo para Portugal, pois só elimina a representatividade a nível intra-partidário, começou finalmente por funcionar e foi tentando estudar tecnologicamente o processo. Só este ano na Suécia são esperados mais 5 partidos de Democracia Digital, a bola de neve começou a rolar, esperemos que não bata em nenhuma árvore.
Imaginemos um cenário:
Portugal 2010 - Uma Odisseia no ...hmmm... Tejo?
O partido d’Os Azuis (reconhecido partido Ecológico, sem esquerda nem direita mas, sim, de cima) ganha as eleições com a sua promessa de campanha, a qual visa acabar com o poder representativo e implementar o voto directo para todas as iniciativas e leis, acabar com a Assembleia da República e prometer ao longo de dois mandatos entregar o direito de voto de volta ao cidadão.
Para isso propôs um programa de voto tecnológico no qual se destacam dois conceitos:
- Associação livre
- Procurador delegável
Sendo que usando a tecnologia disponível na actualidade e desenvolvendo outras, especificas, seria possível após 4 anos entrar em período de testes neste novo Portugal
Associação Livre:
Como o próprio termo o diz, implica a associação livre de ideias e consequente voto sem as burocracias habituais de formalização de entidades, independentemente do tamanho das mesmas. Depende apenas de cada um saber se concorda com a opinião do próximo e votar em concordância ou não, uma certa iniciativa.
Procurador delegável:
Entendendo que cada cidadão é competente e merecedor de confiança em certa área ou não, o voto em determinada questão pode ser delegado a um procurador/conselheiro quer seja ele partidário ou não, o vizinho de cima ou de baixo ou simplesmente o amigo que percebe disto ou daquilo, voto a voto. Permitindo assim delegar votos nos quais não estamos confiantes de tomar a decisão certa a quem confiamos para tomar essa mesma decisão.
Somos livres, no entanto de votar por nós próprios em qualquer das iniciativas, se discordarmos do nosso procurador e/ou escolher outro conselheiro. Podemos também escolher não ser conselheiros de quem depositar a confiança em nós.
Aplicação Prática (futuro):
Hoje em dia conseguimos pagar as contas numa caixa de multibanco, ou até mesmo no telemóvel, acedemos a informação banal, trivial através da miríade de meios aos quais confiamos diariamente as nossas decisões e aflições. Alguns desses sistemas são mais seguros do que outros, mas da mesma maneira que ninguém sabe o nosso código de cartão de crédito, suspeito que não será difícil manter o nosso voto secreto electronicamente.
O partido D’os Azuis ganhou as eleições com maioria absoluta, passaram dois anos. Conseguiu alterar a constituição em face de prever a aplicação deste novo tipo de democracia.
A Assembleia da República foi dissolvida, remetendo os partidos, incluindo o próprio, ás suas sedes e ao estatuto de conselheiros. Sendo assim é elaborado um sistema de consulta/referendo publico apoiado num sistema parecido ao SIBS dos bancos, por exemplo, e é neste momento votar leis e iniciativas, tão simples como pagar a conta da luz ou telefone. Para quem tem Internet, poderá responder por e-mail.
As propostas de lei são efectuadas de acordo com as percentagens de votos das eleições nacionais, Cabendo ao partido d’Os Azuis “fabricar” 60% das leis desse ano, 20% ao seguinte partido, 10% ao próximo, e por ai em diante.
- No futuro cidadãos, poderão eles próprios, submeter leis a referendo nacional, para ai caminhamos.
Na votação de uma lei, é feita ao cidadão uma pergunta, na qual terá quantas respostas quanto as propostas feitas pelos partidos em relação a essa lei, SENDO IMPERATIVA a opção de VOTAR CONTRA a aplicação da lei em questão, essa opção está SEMPRE disponível em todas as consultas ou referendos.
- Futuramente os conselheiros pessoais delegados poderão também aconselhar os “amigos” tecnologicamente, aparecendo directamente a sua proposta de voto no e-mail do cidadão votante, mas por agora ficamos pela campanha tradicional e conversa de café.
Vamos então mudar isso e por a carroça a andar... Abrem-se aqui as hostilidades, 2008 é o ano da mudança... MUAHAHAHAHA...(Riso maléfico).
Grande parte deste conceito encontrei através do Google e Wikipédia (que se sabem não ser de muita confiança), mas se pensarmos um bocado não parece assim tão impossível aplicar isto.
Comecemos então com um nome, Vallentuna, seguido de outro nome, Democracia Liquida, pais, Suécia, ano? 2000...
Tenho vindo a ler algumas coisas sobre este assunto e acredito que se neste momento conseguisse as 7.000 assinaturas para fundar um partido, ganharia as eleições.
Com uma promessa simples:
- Acabar com o poder representativo e dar o voto aos cidadãos.
Suécia, numa cidade chamada Vallentuna, 2002, esta promessa conquistou um mandato para uma jovem de 19 anos (Parisa Molagholi) com apenas este objectivo. Definir uma democracia digital para o município. Apesar de ser diferente da solução que pretendo para Portugal, pois só elimina a representatividade a nível intra-partidário, começou finalmente por funcionar e foi tentando estudar tecnologicamente o processo. Só este ano na Suécia são esperados mais 5 partidos de Democracia Digital, a bola de neve começou a rolar, esperemos que não bata em nenhuma árvore.
Imaginemos um cenário:
Portugal 2010 - Uma Odisseia no ...hmmm... Tejo?
O partido d’Os Azuis (reconhecido partido Ecológico, sem esquerda nem direita mas, sim, de cima) ganha as eleições com a sua promessa de campanha, a qual visa acabar com o poder representativo e implementar o voto directo para todas as iniciativas e leis, acabar com a Assembleia da República e prometer ao longo de dois mandatos entregar o direito de voto de volta ao cidadão.
Para isso propôs um programa de voto tecnológico no qual se destacam dois conceitos:
- Associação livre
- Procurador delegável
Sendo que usando a tecnologia disponível na actualidade e desenvolvendo outras, especificas, seria possível após 4 anos entrar em período de testes neste novo Portugal
Associação Livre:
Como o próprio termo o diz, implica a associação livre de ideias e consequente voto sem as burocracias habituais de formalização de entidades, independentemente do tamanho das mesmas. Depende apenas de cada um saber se concorda com a opinião do próximo e votar em concordância ou não, uma certa iniciativa.
Procurador delegável:
Entendendo que cada cidadão é competente e merecedor de confiança em certa área ou não, o voto em determinada questão pode ser delegado a um procurador/conselheiro quer seja ele partidário ou não, o vizinho de cima ou de baixo ou simplesmente o amigo que percebe disto ou daquilo, voto a voto. Permitindo assim delegar votos nos quais não estamos confiantes de tomar a decisão certa a quem confiamos para tomar essa mesma decisão.
Somos livres, no entanto de votar por nós próprios em qualquer das iniciativas, se discordarmos do nosso procurador e/ou escolher outro conselheiro. Podemos também escolher não ser conselheiros de quem depositar a confiança em nós.
Aplicação Prática (futuro):
Hoje em dia conseguimos pagar as contas numa caixa de multibanco, ou até mesmo no telemóvel, acedemos a informação banal, trivial através da miríade de meios aos quais confiamos diariamente as nossas decisões e aflições. Alguns desses sistemas são mais seguros do que outros, mas da mesma maneira que ninguém sabe o nosso código de cartão de crédito, suspeito que não será difícil manter o nosso voto secreto electronicamente.
O partido D’os Azuis ganhou as eleições com maioria absoluta, passaram dois anos. Conseguiu alterar a constituição em face de prever a aplicação deste novo tipo de democracia.
A Assembleia da República foi dissolvida, remetendo os partidos, incluindo o próprio, ás suas sedes e ao estatuto de conselheiros. Sendo assim é elaborado um sistema de consulta/referendo publico apoiado num sistema parecido ao SIBS dos bancos, por exemplo, e é neste momento votar leis e iniciativas, tão simples como pagar a conta da luz ou telefone. Para quem tem Internet, poderá responder por e-mail.
As propostas de lei são efectuadas de acordo com as percentagens de votos das eleições nacionais, Cabendo ao partido d’Os Azuis “fabricar” 60% das leis desse ano, 20% ao seguinte partido, 10% ao próximo, e por ai em diante.
- No futuro cidadãos, poderão eles próprios, submeter leis a referendo nacional, para ai caminhamos.
Na votação de uma lei, é feita ao cidadão uma pergunta, na qual terá quantas respostas quanto as propostas feitas pelos partidos em relação a essa lei, SENDO IMPERATIVA a opção de VOTAR CONTRA a aplicação da lei em questão, essa opção está SEMPRE disponível em todas as consultas ou referendos.
- Futuramente os conselheiros pessoais delegados poderão também aconselhar os “amigos” tecnologicamente, aparecendo directamente a sua proposta de voto no e-mail do cidadão votante, mas por agora ficamos pela campanha tradicional e conversa de café.
Deverá também ser aplicado um sistema de ranking de confiança, designado pelos cidadãos para evitar que grandes conselheiros mudem a intenção de voto à ultima da hora, jogando assim com a sua influência para tirar outros proveitos ou compensações. Se bem que, sendo um sistema aberto e sabendo que tudo vem ao de cima, mais cedo ou mais tarde a confiança de opinião publica será um facto determinante em erradicar estes comportamentos, pois o poder continuará a ser do cidadão.
Vantagens:
- Curar o pessimismo português.
- Parar com a atribuição de culpas, tão típica portuguesa. Quem quiser mudar, PODE MUDAR o estado das coisas.
- Eliminação de custos supérfluos, cabendo a nossa representação ao governo eleito, apenas.
- Eliminação do cacique pequeno.
- Restrição do lobbying.
- Estimular a participação política activa e discussão no dia-a-dia.
- Melhorar a competência dos partidos, todos teriam de trabalhar para soluções em vez de criticas. Todos governam, logo teriam de mostrar que REALMENTE fazem a diferença e assim conseguir os votos nas eleições, não depender apenas dos apoios do betão ou outros.
...
Desvantagens:
- Facilidade dos grandes grupos em mudar votos para proveito próprio, tendo de ser previstas consequências graves para quem tentar fazer o mesmo, um pouco á imagem da Bolsa de Valores.
- Perigo de “Loops” na delegação de votos. Imaginando que o cidadão A delega o voto a B, este delega a C, e este volta a delegar a A. Mas este efeito é facilmente anulável informando os cidadãos de que terão de tomar a decisão por eles próprios nessa matéria ou pedindo para delegar o voto a outro conselheiro.
...
O cartão de identificação único está ai a porta, a SIBS já nos deixa fazer tanta coisa, mais umas perguntinhas, não custa nada. Por telemóvel, nem se fala, já fazem tudo, nem que fosse por SMS, como os bancos fazem com os códigos para as transferências. Os votos seriam feitos mensalmente, questões mais pesadas e a necessitar de debate (aeroportos e tal...) teriam um prazo mais alargado, parece-me bem!
E assim meu caro Portugue-zinho, já não te podias queixar, não era?
2 comentários:
ACTUALIZACIÓN JAAAAAAAAAAAAA!!!!
bicos,beijos....
Parece-me uma boa solução. Ainda um pouco verde, mas para aí caminhamos. Uma verdadeira democracia, poder no povo.
Pergunta, já é aplicada em alguma cidade da Suécia?
Postar um comentário